sábado, 28 de junho de 2008

Substituta

''Eu sou impossível de ser esquecida, mas difícil de lembrada.'' Claire Colburn

Ufa...me sinto bem melhor sendo eu mesma.
Cá entre nós, falar em terceira pessoa só reforçava o meu complexo de ''pessoa substituta''.
Pra quem não assistiu ao filme Tudo Acontece em Elizabethtown (fica a dica!), Drew Baylor (Orlando Bloom) e Claire Colburn (Kirsten Dunst), se sentem substitutos na vida de todo mundo.
Nunca estão em primeiro lugar. Sabe quando você está sempre em segundo, terceiro ou até milésimo plano na vida das outras pessoas? Então...com eles, e eu sinto que comigo também , é assim!
Nunca ganhou o primeiro pedaço do bolo...sempre sobra no assunto...sempre protege, mas nunca é protegido...e N situações do tipo!
Pois é, você também é uma pessoa substituta? Calma, calma...isso não é tão ruim assim. Arrisco até dizer que tem uma beleza que a poesia de Vinicius, Drummond e tantos outros, descreve muito bem. Como diz Claire, ser substituto não exige tanta responsabilidade para com outra pessoa. A pressão é bem menor.
Aliás, outro filme maravilhoso que mostra bem esse lance de pessoa substituta é O Amor Não Tira Férias(Iris, personagem de Kate Winslet)...E o melhor do filme, ela se dá conta da situação e muda isso.
Desde pequena eu sempre me identifiquei com a amiga da personagem principal... ou aquela que é um tipo de narradora...
Sei que você vai pensar naquela frase clichê, que não deixa de ser válida...''Você é o protagonista da sua própria história''...Sim, é...Mas, eu me pergunto e pergunto a você também...Será que a sua história depende, única e exclusivamente, de você?

Luana H.

P.S.:Não, não pense que é complexo de inferioridade! É diferente, eu garanto!

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Só.

''Que esta minha paz e este meu amado silêncio
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios
Acho-me relativamente feliz
Porque nada de exterior me acontece…
Mas,
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto! ''
- Mario Quintana -


Não, eu não quero mais escrever sobre outra pessoa. Aliás, não quero mais escrever em 3ª pessoa. Quero ser a 1ª pessoa.
Quero que a mensagem seja clara e bem entendida.
Quero me expor, quero gritar, quero dizer a plenos pulmões que eu sou humana...digna do erro e do perdão...do amor e do ódio...da vitória e da derrota.
Quero que fique bem claro que eu me contei e confessei esse tempo todo.

Luana H.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Férias!

''Se tudo existe é porque sou. Mas por que esse mal estar? É porque não estou vivendo do único modo que existe para cada um de se viver e nem sei qual é. Desconfortável. Não me sinto bem. Não sei o que é que há. Mas alguma coisa está errada e dá mal estar. No entanto estou sendo franca e meu jogo é limpo. Abro o jogo. Só não conto os fatos de minha vida: sou secreta por natureza. O que há então? Só sei que não quero a impostura. Recuso-me. Eu me aprofundei mas não acredito em mim porque meu pensamento é inventado.''
- Clarice Lispector


Finalmente férias!

Agora sim terei mais tempo pra me dedicar ao blog...e também para repensar tudo isso aqui.




Até amanhã!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Proteção

''Nunca ninguém sabe se estou louco para rir ou para chorar. Por isso o meu verso tem esse quase imperceptível tremor... A vida é louca, o mundo é triste: Vale a pena matar-se por isso? Nem por ninguém! Só se deve morrer de puro amor...
Mário Quintana''

Perdera os olhos de criança. Olhos que pediam proteção, abrigo, cuidados e voz baixa.
Agora oferecia segurança, cuidado, conforto, sorrisos.
Perdera a capacidade de não chorar diante dos problemas, do medo, da alegria e, principalmente, diante dela mesma.
Tinha a impressão de que todos achavam que ela não precisava de proteção, afinal era ela a protetora.
Não...ela não perdeu a alma de criança. Ainda precisa de proteção.

Luana H.

sábado, 7 de junho de 2008

Menina

“Um domingo de tarde sozinha em casa dobrei-me em dois para a frente - como em dores de parto - e vi que a menina em mim estava morrendo. Nunca esquecerei esse domingo. Para cicatrizar levou dias. E eis-me aqui. Dura, silenciosa e heróica. Sem menina dentro de mim.”
- Clarice Lispector

Olhou-se no espelho muitas vezes. Procurava algum traço familiar.
Sorriu. Fez careta. Olhou bem fundo em seus próprios olhos. Viu-se como nunca tinha visto.
Os olhos ,de uma alegria infantil, haviam desaparecido sem que ela percebesse.
O formato do rosto perdeu as graças infantis. Tinha estampado no rosto e no corpo a figura da menininha que estava crescendo...ou já havia crescido.


Luana H.

domingo, 1 de junho de 2008

Momento meu.

Chega da outra. Agora é minha vez.


http://www.youtube.com/watch?v=evex8iniwfw

Minha arte.