''Separô pra ouvir meu protesto, meu gesto que incerto,talvez não faria
Separô o silêncio da dor me trazendo alegria...''
(O Teatro Mágico)
Essa história de vestibular me deixa muito estressada! E carente. Muito carente.
Não carente de beijo na boca, mas carente de atenção e colo!
Tenho me sentido uma criança. Cheia de medos, desejos simples e com uma necessidade absurda de amigos.
Sim! Amigos...
Já contei aqui que me afastei muito deles. Alguns devido à distância, outros devido à, digamos assim, incompatibilidade de pensamentos.
Não...não é solidão. Nem tristeza. É um outro sentimento.
Uma falta profunda daquelas vozes, da amizade de calçada, de final de tarde... Do passeio pelo bairro, do cheiro de bala... Do amor platônico e dos planos infalíveis de conquista aos 12 anos.
Parece saudade. A saudade mais pura e mais ácida que eu já imaginei sentir.
Saudade das horas ao telefone com uma melhor amiga. Hoje só uso o telefone para recados rápidos. E ela não é mais minha melhor amiga.
Saudade dos livros do Pedro Bandeira.
Saudade dos bilhetinhos, cartinhas e desenhos feitos nas últimas páginas dos cadernos.
Simplesmente saudade.
Luana H.